quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pedro Tochas premiado na Alemanha com «O Palhaço Escultor»


Eu sei que aparentemente até nem tem muito a ver com o tema do blog, mas vejam por este prisma, foi lá fora que ele ganhou o prémio... e para isso, precisou do quê?

Nem mais... precisou de "Viajar"... cá está... o elo que torna tudo com outro sentido, é um... je ne sais qua, que apenas enaltece a urgência em ver, pelo menos, um dos espectáculos.

Pedro Tochas está em viagem pelo mundo, mas arranca, em Outubro, naquela que é a sua maior tournée por Portugal de todos os tempos, desta vez com o último espectáculo de ‘stand up comedy’, «Já tenho idade para ter juízo». O comediante regressa aos palcos portugueses depois de ter recebido, no passado fim-de-semana, o prémio de melhor espectáculo no festival Landshuts 2. Internationales StadtSpektakel (Landshut, Alemanha) com «O Palhaço Escultor».
 
«Esta foi a minha primeira vez a fazer espectáculos na Alemanha e fiquei com uma recordação para o resto da vida», escreveu Pedro Tochas no seu site.

No festival participaram 160 artistas de 18 nacionalidades, que encheram Landshut com intervenções de teatro de rua. Pedro Tochas apresentou «O Palhaço Escultor», uma obra interdisciplinar, que mistura teatro físico com circo, numa homenagem ao cinema mudo.

Este espectáculo já foi realizado em cerca de vinte países, tendo sido premiado na Noruega, Canadá e Austrália, fazendo de Pedro Tochas o comediante português com mais prémios internacionais.

De regresso a Portugal, Pedro Tochas vai iniciar em Outubro uma Tournée Nacional, que o vai a doze cidades de Norte a Sul de Portugal com o seu mais recente espectáculo «Já tenho idade ter juízo». A peça de palco estreou em Abril passado, no Teatro da Trindade, onde esteve em cartaz 5 noites, sempre com casa esgotada, tendo sido visto, só ali, por mais de 2200 pessoas.

No Porto, e em versão "beta", o sucesso foi semelhante e o qual não perdi. Estou ansioso para ver a versão "final".
 
Naquela que é a sua maior digressão nacional, Pedro Tochas vai passar pelo Porto (Teatro do Alegre, 2, 3 e 4 de Outubro), Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente, 7 de Outubro), Loulé Municipal, 17 de Outubro), Montijo (Cine-Teatro Joaquim d’Almeida, 18 de Outubro), Santa da Feira (Cine-Teatro António Lamoso, 25 de Outubro), Vila Real (Teatro de Vila Real, 31 de Leiria (Teatro José Lúcio da Silva, 6 de Novembro), Portalegre (CAEP, 7 de Novembro), Braga (Theatro Circo, 15 de Novembro), Torres Novas (Teatro Virgínia, 21 de Novembro), Lagoa (Auditório Municipal, 22 de Novembro) e Ílhavo (Centro Cultural, 29 de Novembro).
 
Para mais informações:
 
Sobre o festival Landshuts 2. Internationales StadtSpektakel:

Sobre «O Palhaço Escultor»:

Artigo no Jornal Alemão Landshuter Zeitung:

Foto em alta resolução:
 
Sobre a digressão «Já tenho idade para ter juízo»:
 
Sobre Pedro Tochas:

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pedro Tochas em entrevista exclusiva ao AloneRoadTrip


 Pedro Tochas, famoso artista comediante, em vésperas do início da maior Tornée de sempre, gentilmente despendeu largos minutos ao AloneRoadTrip e falou sobre as viagens.

Aqui fica um brevíssimo excerto da entrevista. (O resto, por motivos editoriais, só será divulgado nos espectáculos, que de resto são um Must See).

P1. Tochas, palhaço amigo, deste circo que é a vida, posso fazer-te mais 6 perguntas?
Podes.

P2. Então é assim, carro vs avião?
Avião, carro não, porque nem carta de condução tenho.

P3. Portugal, Europa, Resto do mundo?
Que tal o Mundo Todo!!!

P4. Fazendo referência à essência do blog, sozinho, ou acompanhado?
Bem acompanhado.

P5. Diferencias viagens de prazer e viagens de trabalho, ou é tudo o mesmo?
Gosto de ter viagens de trabalho que sejam um prazer.

P6. Espaço de passagem mais marcante por experiência positiva, e o mais marcante por experiência negativa?
Experiência positiva: Edimburgo, porque é o melhor festival do mundo.
Experiência negativa: Sempre que entro nos Estados Unidos porque a segurança lá é um pouco chata.

P7. Um breve episódio que te ocorra sobre um momento digno de referência durante uma viagem.
Ficar com mais trezentas pessoas a dormir no chão aeroporto de Newark por causa de um avião que foi atingido por um relâmpago.


P7.1 Porque a primeira pergunta foi fraquinha, e porque o meu público merece, dá uma palavrinha a eles destinada.
O mundo está cada vez mais pequeno, por isso acabaram as desculpas para ficar sentadinho em casa.
É pegar nos pés e descobrir o que há por esse mundo fora.

E esta eu assino por baixo.

Em meu nome, e em nome de todos os leitores do AloneRoadTrip, um muito obrigado ao Pedro, por nos ter dedicado um pouco do seu tempo e insanidade.

E em jeito de despedida, fica aqui uma peça de resistência final...
Quem divulga o MOLHAMENTE GLOBAL...  e o Tour do Tochas, seus males espanta.

Estejam atentos.

Espectáculo a não perder


Pedro Tochas vai apresentar o seu espectáculo "Já tenho idade para ter juízo" de Norte a sul de Portugal naquela que será a sua maior Tournée de todos os tempos.

Não percas aquele que já foi considerado o seu melhor espectáculo de sempre,

Espectáculo a não perder para quem gosta de boa comédia... quem gosta de má comédia também pode ir.

Os bilhetes já estão à venda!!!

FRIZE Apresenta
PEDRO TOCHAS - Já tenho idade para ter juízo
TOUR 2008

  • 2, 3 e 4 de Outubro PORTO Teatro do Campo Alegre
  • 7 de Outubro COIMBRA Teatro Académico de Gil Vicente
  • 17 de Outubro LOULÉ Pavilhão Desportivo Municipal
  • 18 de Outubro MONTIJO Cine-Teatro Joaquim d' Almeida
  • 25 de Outubro SANTA MARIA DA FEIRA Cine-Teatro António Lamoso
  • 31 de Outubro VILA REAL Teatro de Vila Real
  • 6 de Novembro LEIRIA Teatro José Lúcio da Silva
  • 7 de Novembro PORTALEGRE CAEP
  • 15 de Novembro BRAGA Theatro Circo de Braga 
  • 21 de Novembro TORRES NOVAS Teatro Virgínia
  • 22 de Novembro LAGOA Auditório Municipal de Lagoa
  • 29 de Novembro ÍLHAVO Centro Cultural de Ílhavo

Toda a informação sobre as bilheteiras em :

ou sobre o artista em:

Com o meu selo de aprovação e qualidade!!!!.... Já comprei 16 bilhetes :$.... e já vi o espectáculo 2x's... vale mesmo a pena ;)

Muito em breve uma magnifica entrevista com o artista, onde, num momento de elevado risco se vão cruzar o humor e as viagens, ou talvez não. Não percas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mudança no alinhamento

Mudei a posição da música do dia.

A ideia é que durante a leitura das memórias do dia sintam a mesma atmosfera aquando da reflexão, por isso, não faz sentido estar no final.

E para facilitar, coloquei o video clip embebido no post, para que não tenham que abrir nova janela.

Boas leituras.

domingo, 24 de agosto de 2008

Dia 8. Zagreb

Música do dia:


Memórias:
Uma boa noite... ou não tivesse tido sido partilhada com mais quatro meninas, e um rapazola... uma loucura... ou nem por isso. Não tive oportunidade de os conhecer.
O dia começou cedo, ou não fosse o stress pelo rigor dos xôres guardas lá cá do sítio. Assim... toca a colocar ticket às 7h15, hora quando começa a doer. Tempo agora para uma banhoca e deleite com o resto das frutinhas, iogurtes e bolachas, amealhados pela viagem, como se de créditos se tratassem.

Como o estádio do Dínamo de Zagreb fica a escassos 2km do Hostal, vou até lá a pé, só para ter a ideia da sua imponência, mas convenhamos, que conhecendo os estádios do Euro 2004, aquele até parece de brincar.

Meto-me então no tram, e faço-me ao centro da cidade.

Volto a trilhar a parte alta da cidade, e visito o museu nacional de arte naïf, onde vi o "My homeland" de Ivan Rabuzin, entre muitos outros. Ao meio dia, apanho um enorme susto com o tiro de canhão disparado do alto da torre de Lotrščak. Sento-me num banco de jardim, aproveitando para fazer horas para me encontrar com os Tugas para o almoço, abrigando-me do sol, e recuperando as forças. Desfolhei o guia e deitei-me.

De regresso à Trg bana Josipa Jelačića, ponto de encontro, verifico que estou 1h atrasado. É o que dá, o jetleg... felizmente eles também se atrasaram, e tinham ido à pouco para o Nokturno, um restaurante bem baratinho, mesmo no centro, junto ao mercado.

Da parte de tarde, fomos todos visitar a Donji Grad, ou a parte nova da cidade.  Aqui, os edifícios são mais imponentes, variando entre o neo-barroco, o rococó, ou o neo-renascimento. Estão a maior parte dos museus, o jardim botânico e teatros.

Já no final da tarde, apanhamos uma monumental tempestade que se abateu sobre a cidade. A alternativa foi mesmo ficar num barzinho e enfrascar uns pivo's.

À noite, mais uma jantarada fantástica no Nokturno. A quantidade de pivo bebida foi bem maior do que no almoço, mas nem por isso se reflectiu na conta final. Tempo depois para me juntar ao Bébé, Doutor e ao Chico na sua interminável senda na busca da "melhor noite da Europa". Eles dizem que é lá para as bandas da Polónia, vá-se lá saber porquê.

Foi dura a noite e bem longa, mas diverti-me imenso. Uma outra perspectiva da cidade, que... infelizmente, deixou qualquer coisa a desejar.

High:
  • Museu naïf;
  • As refeições no Nokturno;
  • O Donji Grad;
  • A companhia;
  • O preço da pivo;
Low:
  • O engano com os horários;
  • A chuva;

sábado, 23 de agosto de 2008

Dia 7. Porec > Zagreb

Música do dia:

Memórias:
Após pequeno almoço reforçado, mais uma vez, a sra. foi simpática e forneceu doses extra de iogurtes e bolos, toca a rolar até Zagreb.
No caminho fui tendo uma perspectiva diferente da auto-estrada com apenas duas faixas de rodagem. Espero que a razão seja apenas a preservação da Natureza. Desta forma evitam o desmatamento de mais não sei quantos km para trazer mais gente e poluição. Após Rijeka, e passada a paisagem, a auto estrada assume um perfil mais "europeu", ainda que em construção em diversos troços. No entanto não resisto em salientar um semáforo a chegar à Opatija, NO MEIO DA AUTO-ESTRADA.... hilariante.

Ok, Zagreb, chegeui. Capital, 6ª feira, transito infernal. Sem mapa da cidade e sem GPS, foi difícil dar com o centro. Andei por largas avenidas, levando buzinadas de todo o lado, até do Tram - o metro de superfície, mas lá cheguei.

Vitória. Sem dinheiro, com orgulho ferido, mas cá cheguei.
Nada que uns meses a penar duramente não resolva.

Rapidamente encontrei um ponto de acesso e actualizei o blog. Foram muito simpáticos pois estiveram comigo, quase 1h30 a estudar a melhor forma de ficar por cá. Os hotéis estão fora de questão, cerca de 100eur por um de 2 estrelas. Mamar, é na Areosa. As casas particulares também por causa do estacionamento, que é quase a 3eur/h. Estudaram-se diversos Hosteis, e surgiu um, ligeiramente afastado, custando apenas 20eur/noite, mas com quarto dividido por mais 5 pessoas.

Quando lá cheguei, e foi difícil dar com a coisa, vi as condições - têm wifi, TV cabo, Playstation, Cozinha, Frigorífico... altamente.

Apanhado o Tram rumo ao centro, saída em Trg Bana Jelacica que é a praça central. Instantaneamente, vi a embaixada portuguesa e ao que parece, é a única aqui no sítio. Um cheiro a Portugal.

Subi até Gornji Grad, ou a cidade alta. Está lá concentrado o poder político. Vi a casa do Presidente e o parlamento - cá diz-se Sabor. Ainda tive a oportunidade de apreciar parte da igreja de S. Marcos. Porque está em obras, parcialmente. Pude ver o telhado, onde as telhas, às cores, formam os brazões de Zagreb e da Croácia. É uma pena que os principais monumentos da cidade estejam em obras... vou-me habituando.
Depois fui até ao Kapol, zona dedicada à religião, onde está a majestosa catedral da cidade mesmo ao lado da casa do Bispo.

Já depois duma refeição ligeira, tempo para ir até à Tkalcicena, uma zona pedonal, repleta de bares e restaurantes. Zona de convergência nocturna, onde aproveito para tirar as minhas notas para o blog.

Estando cá descansado, sou importunado para partilhar o meu banco de jardim com um casal, que nem sequer dirigiram a palavra. Com o meu guia à vista, vi-o sorrir e a olhar para mim. Tirou um da mochila igual ao meu, mas em italiano. Trocamos conversa, falamos das férias e dos nossos países. Afinal, não são tão quadrados e até falam um pouco de inglês. Um momento muito agradável com o Michele e com a Sarah. Trocamos email e fiquei convidado a ir a Parma, ou Milano.

De regresso ao Hostal, uma surpresa à espera. Afinal este sítio não é bom para se estacionar. 250Kn de multa no parabrisas. Amanhã, meto um ticket, mudo o carro, e junto esta, às dos outros anos. É que só dá para pagar parque por 2h. Tolinhos.

Ainda lá fora, oiço amena cavaqueira na sala comum do Hostal... espera, é português. Encontrei cá 3 amigos que viajam à quase 3 semanas, tendo já passado pela Polónia, Republica Checa, Croácia, vão à Eslovenia e Itália. De comboio.

High:
  • Chegada ao ponto médio, Zagreb;
  • Acesso à internet;
  • Preço da dormida cá, ainda que num Hostel;
  • Primeira vista da cidade;
  • Italianos simpáticos;
  • Encontrar portugueses;
Low:
  • O trânsito da cidade;
  • O preço dos parques;
  • A multa;
  • Quarto partilhado.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Desvendado

Dobar dan.

Após ter recebido alguns posts, assim como emails individuais, chegou o momento para ser desvendada a verdade.

É verdade que o Blog esteve um pouco parado, mas tal deu-se essencialmente à falta de acesso à internet.

Ao que parece, a Eslovaquia, país de destino do ano transacto, encontra-se incomparavelmente mais bem preparado neste particular, do que a sua "vizinha" Croácia.

Enfim.

Vou tentar manter a coisa mais actualizada.

Vidimo se.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dia 6. Posec > Rovinj > Pula > Motovun > Groznjan > Umag > Posec

Música do dia:


Memórias:

Apesar de afundado na cama, soube bem a noite. Acabamos por nos habituar. Estando a casa no country side, só se ouvem animais à noite. Cigarras, aves nocturna e os indesejáveis insectos.
Por falar nisso, ontem, no caminho do quarto, ainda no exterior da casa, encontrei um escorpião. Mas como estava carregado de tralhas, nem me dei ao trabalho de documentar.
Hoje, no banho matutino, descobri que não estava sozinho. Um enorme gafanhoto partilhava comigo a casa de banho - só espero que tenha ideias em contribuir para a conta final.
A sra. que alugou a casa foi simpática, tendo emprestado caixas de gelo para manter a geleira fria. Ao que parece, entendemos-nos melhor falando ela croata e eu português.

Não tendo feito muitos km, e como o próprio nome indica, foi um dia muito preenchido.

Saí de casa em direcção a Porec, tendo em visto ter uma impressão diurna. Ao entrar na cidade, há um Merkator - o Continente cá do sítio. Aproveitei para o aprovisionamento. Quando saí, rumo ao centro, perdi a vontade de entrar. O transito era infernal.

Segui viagem.

A primeira paragem foi logo em Funtano, mesmo à saída de Porec. A ideia era ver como era a praia, e apesar de ser uma praia privada de um qualquer resort, que parece luxuoso - o mercedão ostentou e teve salvo-conduto -, deixou muito a desejar. Havia pseudo lagos em cimento, relva junto à água e alguns pinheiros.

Fui andando e nova paragem  no Limski Kanal, que, provavelmente devido às suas águas quentes, é um enorme viveiro de ostras.

Próxima paragem, Rovinj - lê-se Rovini. É uma cidade litoral e por ter chegado junto à hora de almoço, fui assediado, diversas vezes para entrar num barco para almoçar. Durante o mesmo, é feita uma viagem, tendo como cenário, as inúmeras ilhas que gravitam na costa. A cidade em si é muito bonita, e na parte central não se anda de carro, uma vez que as ruas são muito estreitas. É uma cidade antiga, mas bem cuidada. Um simpático mercado à entrada.

Depois, paragem algures em Rt Seka. Ao que parece uma praia  reservada, onde foram descobertos achados arqueológicos. Sítio ideal para uma banhoca para refrescar, mesmo à tuga. Tempo ainda para uma sessão ortopédica nos calhaus que perfazem o "areal".

Pula, capital da região de seu nome Istria, foi o seguinte destino. Logo à entrada, um bem conservado coliseu romano - estes tipos deixaram marcas por todos os sítios em que passei. Estavam a montar um palco para um qualquer espectáculo. O cenário prometia. Tentei avançar na cidade, mas mais uma vez, fui rapidamente dissuadido pelo trânsito. Há que se fazer compromissos.

De lá, uma estirada até Motovun. Uma aldeia medieval no topo de um monto que ser ergo no meio da planície. Com vistas fantásticas, de e para, foi um cenário delicioso para a fotografia.
Rumo a outra aldeia próxima, de seu nome Groznjan - lê-se Grojenian - também ela medieval. Pena no percurso ter-me perdido um pouco, e quando lá cheguei, haveria perdido o lusco-fusco. Do exterior não é tão imponente como Motovun, pelo menos não é aquele cenário tão rico. Mas uma vez lá, parece ser muito mais bela, tendo mais sítios para desfrutar. Pudera o tempo esticar.

Por fim, jantar em Umag, mais uma cidade litoral, na esperança de encontrar um ponto de acesso à internet, mas em vão. Salvou-se pelo jantar, escalopes à veneziana com legumes grelhados, e pela dinâmica nocturna.

Facts & Numbers:
  • 261Km em HR;
  • 6:16h;
  • 42km/h;
  • 5.0l/100km;

High:
  • A paisagem verdejante e luxuriante da Istria, ainda que demasiado densa e sem muitos pontos na estrada para ser explorada;
  • A água quente e limpa do Adriático;
  • A perspectiva geral da Istria;
Low:
  • A pressão que os condutores exercem em quem quer desfrutar. Sempre a tentar ultrapassar em sítios proibitivos e a ultrapassar os limites legais;
  • As filas de transito e enorme aglomerado nas cidades costeiras;
  • O quarto, muito caro para o serviço prestado;
  • Dificuldade no acesso à internet.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Dia 5. Firenze > Porec

Música do dia:



Memórias:

Mais um dia que começa de forma insólita. Mal tiro os pés da cama, oiço, “chap”, “chap” e tinha já os pés molhados. Olho com atenção, e tenho o chão do quarto completamente alagado. Uma inundação em que havia zonas com mais de 1cm de água. Ao que parece, a torneira da mangueirinha do banho checo, haveria ficado aberta. Por quem? Não sei.

Sei é que a mala da roupa estava no chão, assim como o saco da máquina fotográfica e a mala do portátil. Por sorte, este estava a carregar num local seco e seguro -  em cima de uma cadeira, só pedia para ele não cair durante a noite.

À primeira vista a roupa está seca. A mala parece ser melhor do que aparenta, e as máquinas fotográficas, estão húmidas, mas ligam e parecem estar a funcionar bem.

Toca a chamar a senhora Filipina para resolver o problema. Ela não queria acreditar. Tenho a certeza de a ter ouvido praguejar em filipino... e nunca aprendi a língua. Assim que ela abriu a porta do quarto contíguo, o cenário era idêntico. A nova piscina do hotel, inaugurada sem eles mesmo saberem que existia uma.

Estive quase 1h a ajudar a senhora a resolver o problema. O que vale é que, e apesar de ter passado a hora do pequeno almoço, ela foi o suficientemente atenciosa para servi-lo na mesma.

Agora, tempo de me fazer à estrada.

As despedidas são sempre difíceis, e esta não foge à regra. O que tem que ser, tem muita força. Mas devo pensar que é um até já.

Com novo alento, fiz-me à estrada. Mas com pouca sorte. Apenas 24km após ter saído do hotel, uma fila de transito. Até deu para escrever as memorias de ontem -  o sr. Chianti dificultou a coisa -, é que dá para ver o que se pode fazer numa hora. Sim, 1h estive eu parado sem andar 1 único cm. Quando voltou a andar, não passamos dos 30km/h durante alguns km.

Depois de alguns pára arranca - mais de ¾h depois – e ao km 32 estou novamente parado, aproveito para avançar com a escrita de hoje. Agora estou parado numa ponte e esta cena abana por todo o lado. Antes assim do que num dos muitos túneis que já passei.

Entretanto vão passando muitos carros da policia, ambulâncias, serviços da estrada, carros civis com pirilampos... é alta confusão... o pessoal está todo fora dos carros. Alguém ainda vai ser atropelado.

Os senhores dos serviços da estrada estão a distribui água... é que o termómetro está nos 34ºC.

O carro parado, bebe mais do que a andar, e sempre que paro mais do que 1min desligo.

É um complô... querem arruinar-me as férias.

Ao km 43, e quase 3h depois, descoberto o filme, foi só um camião TIR -  foi só que consegui entrever no meio da confusão – que pegou fogo pouco antes da saída dum túnel, não sei se se envolveu em algum acidente.

Hoje foi duro conduzir. Com temperaturas que chegaram aos 36ºC e com um sol abrasador, vou notando as marcas. Nas estações de serviço, nem uma sombra.

A viagem já sofreu demasiados atrasos, não há tempo a perder.

A saída de Itália por Trieste, é outro filme. A auto-estrada termina, mas vê-se que continuam as obras. Por estradas secundárias, apanham-se camiões TIR e o caminho torna-se mais lento. Volta e meia, lá se apanha um troço da auto-estrada transitável, mas é sol de pouca dura, e novamente se volta às estradas secundárias.

Foi assim até à Eslovénia. Que saudades.

Uma vez lá chegado, é como voltar tipo à casa de férias. Não sei porquê, mas desenvolvi uma empatia muito especial pelo pais. E pelo custo de vida, já agora. Até atestei o depósito.

A estada cá é breve, e rapidamente estou na Croácia.

Numa me tinha acontecido o semelhante. Na fronteira pediram-me os meus documentos. Dei o BI. Pediram os documentos do carro – essa é nova -  e pediram para esperar num parque que me indicaram. Alguns minutos depois, vieram ter comigo e disseram que só estavam a confirmar se o carro não tinha sido roubado, e perguntaram-me de quem era. Não o podiam ter feito logo? Depois perguntaram se levava drogas, tabaco ou álcool. Se tinha consumido álcool ou drogas. Disseram que tinham que revistar o carro. E fizeram-no até às malas, remexeram a roupa, o portátil, a lancheira – e obrigaram-me a beber um iogurte, para comprovar, não sei o quê. Tapetes, porta luvas, tudo... perdi mais de 15min nessa inspecção. De onde ia, para onde, porquê... porque o fazia sozinho... quanto tempo... para onde ia depois... que cruzes. No final... “desculpe, é apenas um procedimento aleatório, faça boa viagem e desfrute a Croácia. Seja bem vindo”. Só pensei, “que simpáticos”.

As auto-estradas aqui são uma anedota. Queria ter evitado, e quando pensava que o tinha conseguido deparei-me com a praça das portagens. Paguei 14.00Kn, cerca de 2eur. Anedota porquê? Porque a E.N.1 é mais larga. A auto-estrada – se não estou em erro, a A9 – tem apenas uma faixa de rodagem para cada lado, separadas por linha continua e sem berma. Altamente. E saliento... cobram portagem.

Em Porec (lê-se Porech), fui ter uma turismo center e pedi ajuda. A sra. foi muito atenciosa e depois de ter percebido o meu budget, fez umas chamadas. Lá chegou um homenzinho que só fala Croata, Italiano e Alemão, dono de uma casa de turismo rural. Ela ajudou a discutir o preço. Ligou para a esposa do homenzinho e estiveram os 3 a falar, até que se chegou a um valor razoável. 10eur de desconto e com pequeno almoço. Feliz da vida, lá segui o sr. As casas parecem que ficam em cascos de rolhas, longe para burro, e o caminho é cheio de desvios. Vai ser bonito lá voltar.

Quando finalmente lá chegamos, foi uma desilusão. A casa até não é muito má de aspecto exterior. Fica numa vila de nome Vrhjani e tem mais 3 casas – lol.  Por dentro, ainda que limpo o quarto, tem duas camas de camarata, muito manhosas, com colchões moles e com naprons em cima das camas. O que vale é que estava limpinho, e fiquemos por aqui.

Fui jantar ao centro da cidade, a cerca de 15km das casas. Não é uma grande cidade – cerca de 10.000 habitantes – mas é muito bonita. É uma cidade portuária, e foi das primeiras cidades da região da Istria. A construção dos edifícios é inspirada por arquitectos de Veneza.

O jantarzinho, foi simpático. A oferta é alargada, e há muitas lojas de souvenirs abertas à noite. Houve ainda tempo para uma pequena loucura, um sorvete, numa gelaria para sobremesa.

Parece a praia da Rocha cá do sítio. Amanhã, outras paragens.

Facts & Figures:

. 515Km percorridos, dois quais:

. 219Km em IT;

. 21km na SLO;

. 275km na HR;

. 7:52h de condução (sem contar com a maior parte em que estive parado);

. Média de 66km/h;

. 4,8l/100km;


High:

  • Chegada à Croácia;
  • Passar na Eslóvenia;
  • Preço do gasóleo na Eslovénia (1,197eur/l);
  • Porec.

Low:

  • O acidente;
  • A inspecção;
  • A porcaria do quarto, não acerto uma este ano.
  • Há muitos turistas, mas parece que falta profissionalismo ao pessoal do comercio;
  • A anedota da portagem numa “nacional”.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Dia 4 Firenze > Pisa > Firenze

Música do dia:


Memórias:

A noite foi muito má. Primeiro pelo frio. Estava com 2 sacos cama e 1 cobertor, mas mesmo assim, não deu para aquecer muito. Depois, o chão,  duro à brava. Não levei colchoneta, e quem se queixou foram as costas e as ancas, graças ao fraco amortecimento do saco cama. Depois foram os “vizinhos” a chegar de madrugada às suas tendas, e à vez.. e se pelo menos abrissem as barracas de rompante... para quem está a dormir, quase nem se apercebe, uma vez que é um ápice, assim como para quem quer adormecer, a coisa é mais ou menos pacífica. Agora imaginem querer adormecer, pressentirem alguém chegar e automaticamente despertar para tentar localizar mentalmente a posição da pessoa. Agora imaginem o que é essa pessoa, abrir a tenda, tentando fazer o mínimo barulho possível. Isto leva minutos, mas não consegue ser inaudível. Ao final duns segundos já me estava a saltar a tampa e deu-me ares de dar um berro bem alto dizendo, “abre logo essa mer**, pá!”... e ainda faltava fechar... :s. Por fim, e para não amainar a coisa, o stress para que não passa-se a hora... afinal surpresa é surpresa.

Quando o sol se começou a mostrar – aí pelas 5h -, as coisas melhoram... Estava finalmente um silêncio genuíno, a temperatura começou a aquecer e o cansaço fez o resto.

São 6h30, toca a acordar. Há que desmontar a tenda, comer qualquer coisa e tomar uma banhoca!!

Chego ao aeroporto lá pelas 8h – uma vez que é precisamente do lado oposto da cidade. Tento ligar, mas os telefones estão desligados. Quando finalmente consigo ligação, estou mesmo já na entrada. Já na porta de desembarque, descubro que afinal o aeroporto de destino é o de Pisa e não Florença, e este fica a apenas cerca de 100km, só... ups.

Desfeita a surpresa, ou melhor, para minha grande surpresa, toca a remar em direcção a Pisa.

Qual o ponto de encontro de eleição em Pisa? Nem mais...

Estão morenas e com boa saúde... recomendáveis, por tanto.

Ai como é bom ouvir Português, e como é bom estar com amigos. Após as fotos do costume, toca a regressar a Florença para ter uma outra perspectiva da coisa, agora a pé. Foram trilhados os principais pontos da cidade para posterior aprofundar da causa, posteriormente, e apenas pelo grupo DiTriMari.

No final da tarde, um momento muito especial no lusco-fusco de Florença... no sítio do “costume”, Piazza Michelangello. Como é linda a vista.

Novo jantar de faca e garfo – iupi – e desta vez, mesmo com direito a vinho. Um típico Chianti da Toscana, um Leonardo da Vinci de 2006. Na opinião de MaryCat “emperra um bocado”, mas depois de abrir, é boa pinta. Elas ficaram todas contentes. Até a Cindi Cat que nem bebe.

Facts & Figures:

  • 214Km percorridos, todos em IT;
  • 4:38h de condução;
  • Média de 48km/h;
  • 5,1l/100km;


High:

  • Lusco-fusco na Piazza Michelangello;
  • A contra surpresa;
  • A companhia;
  • A boa disposição do Chianti – ainda me lembro que devo 3,5eur ou 1 gelado à Cindi Cat;
  • Hotel com pequeno almoço e estacionamento;
  • Sessão de regateio de preço com uma Filipina

Low:

  • Hotel sem WiFi;
  • A noite no parque de campismo;
  • Frequências de rádio todas ocupadas, mesmo com lixo em quase toda a Itália, o iPod tem sido quase inútil cá;
  • Atraso de um dia – mas valeu a pena, Xanks, girls;

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Dia 3. Nice > Firenze

Música do dia:


Memórias:

Um dia que começou com fortes sensações. Tirei um pouco para rever as contas e tive uma perspectiva muito perturbadora da questão. Estou no limiar de ultrapassar o X/2 – lembram-se?

Bem... enquanto não lá chegar, tenho que arranjar forma de esticar a corda.

Então comecei por procurar aquelas estações de serviço, que não sendo propriamente baratas - não ao nível de Espanha, por exemplo – também não são ao nível das auto-estradas e aqui fica uma dica excelente.

A vontade de abandonar França é já enorme. E se o ano passado ficou a ideia que a auto-estrada que liga França a Itália, junto à Cote d’Azur não era assim tão má como a memoria fazia lembrar, puro engano. O trajecto e as condições da estrada são definitivamente bem diferentes. Enquanto que em Portugal, quando pisamos a linha, ouvimos aquele barulho estranho no pneus, a avisar que estamos junto à berma, aqui, quando pisarmos a linha, o barulho que estamos prestes a ouvir será o espelho a bater ou nos rails, ou na parede. Para lá da linha, há só isso. Sem margem para erros.

Perdi a conta aos túneis seguidos de pontes, seguidos de túneis e mais pontes. É de tal forma tão perturbador que se distingue perfeitamente os condutores de pesados que são caloiros em tais andanças. Primeiro, são muito mais lentos – porque os outros rodam à mesma velocidade que os ligeiros, e isso, é também um stress -, depois, porque ocupam as duas faixas de rodagem.

No traçado, há muitas subidas íngremes, e descidas, com igual inclinação. Curvas apertadas, onde se circula a 60km e já se sente a força de centrifugação. J

Entretanto, e nos espaços onde é possível, dá para entrever as belas enseadas no mediterrâneo azul, com iate junto à costas, e aquelas “vilas” nas encostas. Fantástico.

Hoje vai ser difícil colocar o post – vá... é mesmo impossível. 2,5eur por 15min de net?. Por isso vou contar um segredo, que quando este estiver on-line, já não o será. Estou em Firenze, e vou cruzar o AloneRoadTrip com o DiTriMari, e fazer-lhes uma espera no Aeroporto. Será um pequeno atraso nas férias, mas estou certo que vai valer a pena ver essa gente.

Como a vida está difícil, tenho que começar a cortar no orçamento, e por isso encontrei um parque de campismo. Não estou dentro do assunto, mas acho que o preço é um pouco alto.

Alem do abrigo, foi dada a possibilidade de tomar uma banhoca na piscina – na nossa terra, chama-se tanque, mas pronto... – e não me refutei. E soube tão bem... o termómetro hoje subiu até aos 36ºC. Afinal estou de férias :D. Mas antes tive mesmo que armar a tenda, literalmente. E como sombra, nada melhor do que uma Oliveira.

Depois do banho de chuveiro, hora da janta – a primeira depois de sair de casa -  e aproveito para ir escrevendo este texto.

Por falar em jantar... alguém me consegue explicar, por favor, a história por detrás do Primo piati, secondo e contorno... é uma confusão :S Porque é que o Penne Al Pesto – que estava delicioso, mesmo al dente – não acompanha o escalope all funghi? Italianisses.

Quando cá cheguei, o GPS automaticamente guiou-me até à praça Michelangello, que está estrategicamente colocada numa colina, permitindo um vista belíssima da cidade.

A voltar depois do jantar.

Facts & Figures:

. 505Km percorridos, dos quais:

. 55 em FR;

. 450 em IT;

. 7:51h de condução;

. Média de 65km/h;

. 4,5l/100km – e esteve a maior parte do dia a 4,3, só subiu em cidade.


High:

  • Banhoca no tanque;
  • Senhora Holandesa vizinha no parque, muito simpática;
  • Comida quente;
  • A vista sobre Florença;

Low:

  • Auto-estrada França > Itália
  • O preço do camping;
  • O transito em Florença;
  • O calor;

Dia 2. Tarbes > Nice

Música do dia:

Memórias:

A noite foi atribulada. Não só porque os pequenos almoços começaram a ser servidos às 6h30 locais – às nossas 5h30 -, e pelo facto da cafetaria estar mesmo em frente ao quarto, não pude, por diversas vezes, deixar de ser acordado pelos matutinos madrugadores que relatavam, alto e bom som, a sua soneca. Enfim... Mas também hoje, fui prendado com chuva no início da manhã, o que, como expliquei ontem, é bom sinal. À parte disso, deu para carregar as baterias, e até, como puderam acompanhar, para resolver o problema da internet. Por tal, consegui submeter o resumo de ontem.

Após isso, e ainda no hotel, decidi abrir o mapa e ver onde iria parar. Ainda contagiado com a memoria da dificuldade em encontrar um quarto, e atendendo que no próximo país vizinho ainda não tenho qualquer referência, achei por bem, manter-me em França e tentar um hotelzito perto já da fronteira. Poderá ser Cannes? Porque não, fica muitas vezes na sombra do Mónaco, e já no passado tive a curiosidade em visitar. Fui ver o cardápio Etap e... são só apenas dos hotéis mais caros, da cadeia, em França. ☹

Nova pesquisa ao mapa... e... que tal Nice? Fica a apenas 25km... preços? Pouco mais caros que o comum, boa. Vamos ver como corre a viagem e no caminho marca-se, pensei eu.

Adiante, a grande surpresa de França este ano, é o facto de das filas nas portagens serem incomparavelmente mais pequenas em relação ao ano passado. Na mais congestionada, não terei estado mais do que 15 minutos. O mal, todavia, continua o mesmo. Menos de 800km de auto-estrada, mas 8 portagens.

Hoje foi um dia substancialmente mais quente do que ontem. Cheguei a apanhar 31ºC, comparativamente com os 19 a 25ºC de ontem. Aumenta o desgaste.

No entanto, e como diria a minha amiga Paula, “estou a adorar isto, píuí”.

Por falar em “adorar”, vou confessar uma coisa. Pelo facto de comer rebuçados de fruta como se não houvesse amanhã, acho que começo a sentir os bichinhos do açúcar a comer-me os dentes.

Hora para almoçar, aí pelas 14h30. Mais uma dose de frutas, iogurtes líquidos, sandocha mista e caprisone. Acho que trouxe comida para as férias todas ☺. No momento de me dirigir à casa de banho para dar a mijazita, deparei-me com uma latrina à caçador. Mas que surpresa. O romantismo da coisa, deu-me instantaneamente a volta à barriga, pelo que lhe dei o melhor uso. Acho que nunca tinha usado uma. Foi altamente. Até se ouve o “mergulho”. Petcháaaa. E não salpica o rabo. De melhor mesmo.

Algum tempo depois, altura para nova paragem, tendo em vista telefonar para o Etap para efectuar a tal reserva em Nice, uma vez que parecia dar para chegar a tempo. Estive ai uns bons 20 minutos a tentar ligar. O número tal e qual como estava na brochura, era de gritos, nada. Meti 00 antes do número, nada. Coloquei +33 antes, e nada. Tirei o 0 que tem no início do número, nada. Revi a brochura algumas vezes, procurando pistas... e nada. Até que... fez-se luz, havia uma cabine telefónica. Uma vez lá chegado, com algumas moedas na mão, novo problema. Apenas aceita cartão. Que filme. Enfim, estava lá perto uma típica família francesa, marido e mulher na casa dos quarenta, bem avançados. Com os filhotes, um casal onde o mais velho, teria uns 12 anos. Ainda bem que a senhora falava muito bem inglês – é caso raro – e, usando o telemóvel dela – porque rapidamente desistiu de usar o meu - ligou para o Etap. Cheio. “O que vale é que Nice tem mais dois”, disse ela. E eu pensei “vai lá, vai”. Segundo Etap, cheio. “Estou feito, sinto-me ficar fûe de la téte", pensei eu. Então ela ligou para o terceiro, que é junto ao aeroporto, e tinha vaga. Ainda por cima era também o mais barato. Como diria o nosso Primeiro, “Porreiro, pá”. Au revoir, família simpática.

Não foi difícil dar com o Hotel.

Fiz check-in, e fui dar um giro por Nice. GPS > Nice center. Bonito... mas o que fui fazer?

Esta cena tem o pior arranjo urbanístico da história. A sinalética é má, há estradas onde se conduz pela esquerda, entra-se na auto-estrada, para sair na saída seguinte. E não, não foi engano, era mesmo assim. Ainda consegue ser pior que Braga. E esta gente? vou-vos dizer. É só gringos, típicos sul americanos, fanáticos pelo “Pimp my Ride” e super agressivos a condução. Tirem-me deste filme.

Acho que nem cheguei ao tal “Nice Center”, quando coloquei Cannes Center, sem portagem, por favor. O mesmo filme para sair dali. Novamente condução contra a mão, entra e sai da auto estrada, Xuningos sempre a dar sinais de luzes, ultrapassando pela esquerda e pela direita.

Mas o caminho melhorou, e a coisa foi ficando mais ordeira. As auto-estradas escondem terras belas, como é o caso de Antibes. É lindíssimo, fiquei apaixonado.

Ao chegar a Cannes, entra-se noutro mundo. Parado num semáforo, ouvia-se uns carros mais à frente, um barulho metálico, que, apesar de estar ao relantim, deveria estar a umas 2500RPM... um Ferrari. Nisto, cruza um Bentley Coupé, seguido dum Murcielago. Onde é que estou?

Entrando propriamente em Cannes, é como estar na Santa Catarina do Porto, só que para melhor... e maior. Em vez de duas lojas Zara, há duas Lois Vuiton. Coisas desse género. Há uma luz muito própria, todas as lojas estão cuidadosamente iluminadas, apesar da hora. Há muitas pessoas na rua a passear. Edifícios lindíssimos, com fachadas antigas, muito semelhantes às encontradas em Paris. “Pena que a rua é de sentido único”, pensei eu. No regresso, os queixos caíram mesmo. A avenida que beija o mar é ainda mais linda. Mais iluminada, mais movimentada. Há mais vida. Diria mesmo que mete o Mónaco num bolso, por tudo. Há muitas esplanadas, repletas de pessoas. Sentem-se boas vibrações.

Sem sombra de dúvida a voltar e visitar, a bela da Côte d'Azur. Bem sei que apenas tive o “look” da coisa, e que “look & feel” é bem penoso para a carteira, mas acredito que vale a pena. Nem que pare em Nice, e faça os escassos 25km todos os dias. Valerá a pena.

Foi bonito, já foi.

Facts & Figures:
  • 795Km percorridos, todos em FR;
  • 10:38h de condução, mais de 1h muito deliciosa;
  • Média de 75km/h;
  • 4,7l/100km – uau!! Não, não vim de Seat Ibiza.

High:
  • Simpatia da família típica Francesa;
  • Encontrei um sítio com o gasóleo mais barato que em Portugal, cerca de 1,28eur, mas estava fechado;
  • Antibes e Cannes;
Low:
  • Os Xunings de Nice;
  • A besta do Belga (ele sabe que é);
  • A net nos Etap ser paga à Orange (se fosse Optimus, safava-me).
  • Alguém que peça para parar porque para se aliviar;
  • Alguém que peça para parar porque quer fumar um cigarro;
  • Alguém que peça para parar porque quer tomar um café;
  • Alguém...
É tudo por hoje... asta manhana.

domingo, 17 de agosto de 2008

Dia 1. Casa > Tarbes

Música do dia:


Memórias:

Dia duro. Após me ter deitado tarde na noite anterior, não consegui acordar antes das 10.30h. Não houve stress, afinal não havia ninguém à espera. Ultimados os pormenores, banhinho tomado, “faz-te à estrada”. Não sem antes tomar o pequeno almoço fora de casa, afinal estou de férias :D.

Durante o manhã – pelo menos no que restou dela – tudo correu sem sobressaltos, mas às 12h30 apanhei uma fila de transito em Ribeira de Pena de cerca de 1km, que demorou quase uma hora a ultrapassar. Isto porque é a última portagem antes de Chaves e muitos “turistas” não sabem da exclusividade da via verde... foi um pandemónio.

Com esta brincadeira, o consumo subiu dos 5,3 para os 6,6 e a média baixou dos 98km/h para os 55km/h – estes números assumem especial relevância quando se viaja sozinho e tem que se atender às despesas.

165Km depois de ter saído de casa, estou na vizinha Espanha, com uma bela música de entrada.

À 16h uma breve paragem para o almoço. Não pode ser muito longa, porque o atraso é enorme, e a França ainda está longe. Apenas 400km feitos.

A poucos Km da fronteira toca a atestar o depósito pois adivinha-se que na França a coisa seja diferente, e 4h após a ultima paragem, e já com 800km feitos, passa-se novamente uma fronteira. Outra vez musica para celebrar o momento.

No ano passado estes momentos tiveram outro sabor. Sozinho tem um “je ne sais qua” de diferente.

Altura para efectuar uma ligação a Portugal para pedir ajuda a encontrar a morada do Etap ou Formule 1 no Pau – nome “suis generis” - ou em Tarbes. Ainda bem que da pesquisa nada saiu do Pau, senão teria que dormir no Pau, e isso, poderia ser difícil de explicar. Xanks, maninho.

Chegado a Tarbes, pelas 23h tugas, o filme do costume. Até dei com facilidade com o Etap, mas cheio. O Formule 1, cheio, O Íbis? “Tem reserva? Ah não? Estamos cheios”, Aramis, cheio... First Class, cheio... Kyriad... oupa... livre? É já... pena ser caro para burro, mas pronto. Soninho descansado, é garantido ;)

Já estava a ver o carro com “outros olhos”, if you know what i mean.

Facts & Figures:
. 990Km percorridos, dos quais:
. 165km em PT;
. 641km em ES;
. 184km em FR;
. 10:55h de condução;
. 91km/h de média;
. 5,1l/100km.

Músicas do Dia:

High:
  • Chuva à saída de casa, chuva em Espanha, chuva em França. Tudo em doses muito pequenas, qb portanto;
  • Apenas o suficiente para abençoar a viagem;
  • O preço do combustível em Espanha, ainda que o gasóleo seja mais caro que a gasolina;
  • O iPod, companheiro de viagem por excelência. Sabe muitas cantigas.

Low:
  • A falta de companhia. Não há ninguém, ninguém que se queixe dos meus traques;
  • O preço do Gasóleo em França, já o topei a 1,51eur/l;
  • A porcaria dos hotéis cheios;
  • A falta de net no hotel, ou melhor, haver há... não tenho é os códigos de autenticação, pelo que este post vai ter “delay”.

Abraços ou beijos - riscar o que não interessa.

sábado, 16 de agosto de 2008

O hino das férias

Porque nunca estarei longe de casa.



Hard not to be so hard on myself
I'm tryin to learn to keep my money in check
I listen to my friends, when they say
It's destiny, It's meant to be this way,

I've found that they're right,
and now i see,
that all this time 'n i had the key,
so now I'm gonna roll like i got nothing but luck,
with a spring in my step, as i strut down the block
I see the boys stare n', I hear them talk

As far as i go, as far as i know
I've always got, a place called home,
I cross all the seas, It's fine by me,
cuz I'll never be,
far from home

My heart takes a hit, and then my heart hits back,
and each day i find comfort in the fact,
I listen to my friends when they say
man just relax, cuz it's a game,
I've found they're right,
and now i see,
I'm gonna have my fun
and what will be will be

Now I'm walking up the street
whistling this,
everythings in place
cuz I can't miss
I smile at my girls n', blow em a kiss

As far as i go, as far as i know
I've always got, a place called home,
I cross all the seas, It's fine by me,
cuz I'll never be,
far from home

As far as i go, as far as i know
I've always got, a place called home,
I cross all the seas, It's fine by me,
cuz I'll never be,
far from home

far from home
far from home

Post pré arranque

Até parece mentira, mas está quase na hora... finalmente! Iupi.

Acabei de estar quase 1h a passar a ferro umas tshirts e uns calções. Aquilo custa mesmo. Agora dou ainda mais valor à minha mãezinha por ter sempre tudo tão arrumadinho. Volta mamã, tás perdoada.

A mala está pronta, a geleira - novinha em folha - também já está parcialmente cheia, enfim... são os últimos cartuxos. 

Tive ainda a oportunidade de confraternizar durante um café com amigos, num momento de votos de boa viagem, alguns conselhos úteis e algumas lágrimas... bem as lágrima acho que foi por ter pisado um, mas mesmo assim foi comovente.

Bem, está na horinha de ir para a cama carregar baterias. Não tenho hora de saída - é o bem de viajar assim. Assim sendo, não há pressas.

Um abraço e até já.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Resolvido

Ia agora sair para fazer nova batida e o gajo entra porta dento como se nada se tivesse tratado. A vida de cão tem destas coisas. :S

ALERTA URGENTE

Dado o atraso já explanado, decidi, na melhor das intenções, dar mais um passeio com o Lucas antes das férias. Para quem não o conhece, é o cão da família.

Como é normal, à noite, e pelas redondezas não levo trela pelo que corre como um desalmado, mas sempre dentro de vista. Hoje, encontrou um amiguito e andaram nas corridas juntos, até que lhes perdi o rasto. Isto foi à pouco mais de 2h. Como estava a pé dei umas corridas em várias direcções, mas nada.

Já fiz de carro quase 90km por aqui, e nada.

Aproveito então para emitir este alerta a quem der de caras com um lavrador branco por estas bandas, que me avise, por favor.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Infeliz atraso

Por motivos de força maior - a.k.a. trabalho -, o take off sofrerá um atraso de 24h. Aproveito o momento para apresentar o meu mais sincero pedido de desculpas pelo facto.

A gerência estará a estudar formas compensatórias tendo em vista satisfazer todos aqueles que se sintam afectados. Para tal deverão apresentar a sua exposição de factos, por escrito, como forma de comentário a este post. (a ver se a coisa anima).

Aproveita-se ainda o momento para partilhar o sentimento de profunda consternação.

Salvar-se-á o dia, pela possibilidade em aberto de poder ver o glorioso, frente a um tal clubeco de Itália... uns tipos que têm a mania que são Internazionale.

E estava quase :(

Bem... faltam quase - outra vez - 24h :D

PS. A votação será alargada por igual período... sendo certo que já está definido o destino :p

Ufa.... até que enfim!

Fim de dia... mas que estafa, e amanhã será ainda pior.

Hoje foi um dia em cheio. Finalmente chegou a encomenda da pixmania, contendo não só o FM transmiter para o iPod - que após breve teste, parece, espectacular ;) -, mas também um cartão de memória suplementar para a maquina fotográfica.

Já consegui fazer as compras dos "bens de primeira necessidade" que serão o sustento dos primeiros dias... só não pensei que iria gastar tanto, 85eur por umas mariquices de bolachas, sugos e afins? Enfim... gajos às compras... só a mim :S

Adiante... já fui levantar o carro do checkup, e parece estar um brinco - pelo menos lavadinho está ;)

Aproveitei ainda para dar uma voltinha com o Lucas, provavelmente a última antes de abalar viagem.

Já comecei a fazer separação de bens a levar ;)

Está quase... pouco mais de 24h para o take off.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Lista de indispensáveis

Esta é uma daquelas coisas para uso pessoal. Uma espécie de checklist para que nada falhe na hora da partida.

E então é assim...

Higiene:
  • Pasta e escova dos dentes;
  • Desodorizante;
  • Perfume (talvez);
  • Champô;
  • Sabão rosa (é mesmo);
  • Toalha de banho;

Comida:
  • Pão fatiado (sem côdea, lol);
  • Queijo, fiambre e atum;
  • Barritas energéticas de cereais;
  • Bolachas boas;
  • Sugos;
  • Rebuçados de frutas;
  • Chicletes, ou talvez não;
  • Sumos;
  • Geleira e gelo ;);
  • Fruta (maças, pêras, pêssegos carecas);

Roupa:
  • Cuecas (o boxer ocupa muito espaço);
  • Meias;
  • T-Shirts;
  • Calções streetwear (Que termo fashion);
  • Calções de banho ou sunga;
  • Um par de calças;
  • Chanatas (Maninho, vais ficar sem havaianas);
  • Um par de sapatilhas;
  • É melhor também levar sapatos (tenho espaço :p);
  • Talvez um casaco, nunca se sabe o que nos espera;
  • ... e já agora um par de camisolas de manga cumprida;
  • ... é melhor levar outro par de calças...;
  • Kit Nike + (que grande ideia, pode ser que dê para dar uma corrida, ou não);
  • ...
  • Pijama... esqueço-me sempre do pijama... desta vez não escapa;

Entretenimento:
  • Como não poderia deixar de ser, o fiel do iPod;
  • O Mac, para poder postar sempre que der, e descarregar fotos;
  • As máquinas fotográficas;
  • Rolos a Preto e Branco;
  • Novo cartão de memória;
  • Tripé;
  • O carregador e emissor FM para o iPod (se chegar a tempo! Já me estou a passar, foi encomendado há mais de uma semana. A Pixmania está a falhar);
  • Livros, e tentar terminar o que levei o ano passado, uma vez que a dona ainda não o pediu de volta;

Outros:
  • Os mapas actualizados para o GPS.
  • O velhinho do mapa da Europa em papel à escala 1:10 000 000 (na verdade não sei quantos zeros tem, mas um desses normais, com estradas actualizadas. É mais eficaz na delineação estratégica do trajecto);
  • Carregadores do telemovel (de isqueiro e tomada);
  • Tenda;
  • Saco cama;

Agora não me lembro de mais nada, mas a lista poderá sofrer alterações a qualquer instante.

Já agora, se alguém se lembrar de mais qualquer coisa é fazer favor de avisar, em especial as meninas, uma vez que estão mais preparadas para estas coisas... :D.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A música do dia :)

Não são de Março, mas parece :S

Movimentações

© Ornella Erminio (Ita)

Hoje foi dia de por o carro a fazer um "check up" para que tudo esteja preparado para a grande jornada. O pedido foi simples: "Vejam óleos, filtros, níveis, etc., quero o carro num brinco para fazer 5000km". Eles perceberam a mensagem, afinal trata-se da repetição do ano passado :p

O mal é que, pouco tempo depois, ligaram a dizer que havia uma qualquer peça que estava danificada e que estaria a danificar o turbo. A sua reparação era impensável, pelo que teria que ser uma nova. Que remédio...

Enfim, coisas do dia a dia. Terei é que levar a tenda de campismo para poupar mais uns trocos.

Mas nada que demova a vontade, e já amanhã, toca a fazer a lista das coisas a levar, assim como compras a fazer.

Novidades para breve ;)

Participações

Pois é... esta coisa do "alone road trip" tem despertado muito interesse, no circulo de amigos.
Não sei se por receio da parte do "alone", ou se mesmo pela motivação da descoberta. Se no primeiro caso, ficarei fulo - onde está o voto de confiança?... - já no segundo caso fico feliz, pois talvez tenha conseguido despertar, ao longo das experiências já realizadas, o interesse e vontade de participar numa experiência deste género.

Há manifestações de interesse de bem perto, consanguíneas mesmo - não é maninho? ;) -, mas também de terras de sua majestade. Se no primeiro caso a coisa é para ser vivida "all the way", já no segundo caso, entreve-se a possibilidade de se juntar à festa, algures, já no seu decorrer.

Ainda que desvirtue um pouco o espirito da coisa, não posso deixar de me sentir esperançoso em ter companhia. Deve ser giro estar sozinho um par de dias, mas tantos assim... será?

Talvez seja já o nervozinho miúdo a tilintar.

Fairplay

Pois é... a ideia de ter um blog para as viagens não é nada de novo!
... e para os curiosos, "descobri" mais um "wana be"!


Porque um pouco de publicidade e fairplay não faz mal a ninguém... fica aqui o meu contributo para a sua divulgação ;)

Boa viagem para as "Di Tri Mari's"

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Avião Vs Automóvel

Se a viagem será feita sozinho, porque não avião em vez do automóvel?

Basicamente, por duas boas razões, custo e riqueza cultural. No primeiro caso, o custo, foi tido em consideração um qualquer destino promovido pela Ryanair com saída do Porto. Bruxelas, Liverpool, Frankfurt, Pisa, "you name it", mas dados os timings... não consegui nada mais barato do que 200eur... isto... apenas ida. Façam contas... A acrescer esse facto, como sabem, os aeroportos low cost são sempre mais distantes das cidades propriamente ditas - Stansted, por exemplo, está a 1h de Londres. Quem me conhece sabe perfeitamente da minha incapacidade de ficar muito tempo no mesmo sítio, pelo que qualquer viagem feita, obrigaria o recurso a transportes públicos/aluguer de viatura, para pelo menos conhecer as "redondezas". A factura poderá subir astronomicamente. A beleza de levar o "transporte próprio", reside também na capacidade de controlo dos custos. Quando se tem uma verba de X para se gastar nas férias, temos que ter consciência que temos que regressar quando atingirmos metade dessa verba, uma vez que é o meio do caminho ;) - espero não estar enganado.

Já a segunda razão, a tal "riqueza cultural", está associada às pessoas, espaços, paisagens, cheiros próprios dos lugares que medeiam dois pontos. Quando a viagem é feita de avião, apesar do conforto, há muito que se perde. Pena é não puder pular Espanha :S.... não é que tenha qualquer coisa contra eles, apenas são um país muito grande para atravessar. E ficar com eles "atravessados" não é coisa fácil... que o diga a Alemanha. LOL

Por estas e outras razões que agora não me lembro - que oportuno! - é que acredito que a viagem feita de automóvel será uma experiência muito mais enriquecedora do que se fosse feita de avião.

P.S. - Isto da votação não está a correr muito bem... (os votos são poucos, e o destino mais votado até ao momento é "Outros" e... ninguém explica onde é.... ) 

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sobre as hipóteses avançadas

Agora que tenho mais um pouco de tempo disponível, porque não divagar um pouco sobre as propostas lançadas como hipotéticos destinos.

Começando pelo início... e porque politicamente correcto, deveria considerar uma viagem pelo nosso país. Sendo sem sombra de dúvida um belo país, desde a verdura luxuriante do Geres, às planícies quentes e doiradas do Alentejo, ou as praias apinhadas e multicolores do Algarve, há muito que ver. Tendo ainda em consideração a certeza que não conheço completamente o nosso Portugal, não é menos verdade que já foi destino em muitas outras iniciativas, pelo que parece a menos apetecível de todas as opções.

O seguinte destino, vence no compromisso descoberta/proximidade. A Normandia, pela sua riqueza histórica e cultural, apresenta-se como um destino de eleição. E não são só as praias onde os Aliados escreveram a historia que tornam a região apetecível. Os castelos e vilas medievais, que nos fazem voltar séculos no tempo, respiram contos de fadas, príncipes e dragões. Não me parece no entanto um bom destino a visitar sozinho - bem, mas neste particular, haverá bons destinos a visitar sozinho?

A Holanda, por seu lado, é já um destino conhecido. E não sendo minha expressa vontade, voltar a sítios já visitados, não posso esconder a paixão pela região dos "países baixos". A simpatia dos holandeses, associada ao "countryside", onde Kinderdijk se apresenta como um ex-libris, é sem sombra de dúvida um destino muito atraente. Não contornando, claro está, os coffee shops, ou o Red Light District de Amsterdão :D. A juntar a isso, as Cube Houses de Roterdão e Delft. Estou certo que muito há ainda a descobrir.

E a primeira estrela é Czech Republic. Praga é um daqueles destinos que faz já há muito as delicias dos sonhos, pela riqueza arquitectónica. No meu imaginário é uma cidade lindíssima, mantendo o charme da altura em que era a capital do reino da Boémia. A Republica Checa, apresenta-se portanto como a continuação natural do destino do ano passado que nos levou à Eslováquia. Após ter conhecido a parte mais humilde do passado território de seu nome Checoslováquia, estará, por ventura, na hora de conhecer a outra parte. A não esquecer... as checas :D e o seu banho típico.

At last, but not the least... Croácia. Destino que esteve na calha até há bem pouco tempo, mas... Aquando na vizinha Eslovénia, estive a apenas 200km de Zagreb. Claro que se tivesse feito essa viagem, teria perdido a oportunidade de conhecer Ljubjana, e por tal, não me arrependo da escolha feita então. É o único destino que oferece uma costa apetecível para tomar uma banhoca com águas quentes. A minha breve experiência no Adriático deixa saudades. Não esquecendo o facto de ser já um dos territórios da extinta Jugoslávia, a porta de entrada dos Balcãs, terra de Tito, terra de Kusturika :$. A estes senhores ainda poderei provoca-los com a camisola da selecção nacional, uma vez que saborearam três batatas tugas no final da primavera.

Um até já...

Votação do destino

Para a loucura ser completa, abro este ano um espaço novo onde irei aceitar sugestões de destino. Conto com o contributo de todos para definir o destino deste ano. Claro que mantenho o voto de qualidade -  que irei usar, se necessário - mas gostava de ter reacções desse lado.

Notem no entanto que os meus planos consagram a saída no dia 15 de Agosto, pelo que a votação termina, automaticamente, à 00:01 do dia 15.

Isto é que é uma fezada, apenas irei saber para onde vou de férias umas horas antes de sair.

Vamos ver o que sai na rifa.

PS. Como me parece lógico, está posto de parte qualquer destino que seja inalcançável de automóvel.

Ano novo, vida nova

Antes de mais, sejam bem-vindos ao meu blog RoadTrip. 

Este ano, e por motivos de força maior, as coisas serão bem diferentes no que toca ao tema, "As Férias". Em oposição ao ano transacto, não vai haver companhia, ninguém com quem partilhar o tempo, a resistência, a experiência, o entusiasmo, os bons e os maus momentos da aventura, e porque não, nem com quem dividir as despesas.

A vida tem destas coisas, timings desfasados.

Todavia, e na senda do ano passado, quero partilhar a minha experiência. Tenho a certeza que os amigos, e a família ficarão agradecidos, e convínhamos que desta forma poupo imenso tempo no que toca recapitular tudo, outra, e outra vez. Quem conhece, sabe que sou malandro :)

Outros públicos serão ilustres desconhecidos que espero que se sintam motivados pela minha aventura, não só no que toca aos comentários, mas também que em breve possam prendar a "comunidade" com os seus próprios relatos.

Prontos para pôr pés a caminho?